A tireóide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço que possui forma de “borboleta”, podendo ser dividida em duas partes principais (lobos direito e esquerdo) unidos por uma porção da glândula, mais estreita, denominada istmo. Ela age em todos os órgãos e tecidos como: coração, cérebro, fígado, ovários, testiculos, pâncreas, músculos, ossos e rins.
A atividade do hormônio secretado pela tireoide interfere diretamente no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação do ciclo menstrual; na fertilidade; na manutenção do peso corporal e acúmulo de gordura; na produção de calor e atividade muscular; na memória, concentração, no humor e no controle emocional. É fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo. Através dessa função regulatória mantem o equilíbrio do metabolismo do corpo todo, chamado homeostase.
Contudo, quando não está funcionando corretamente pode liberar hormônio em excesso (hipertireoidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo). Muitas vezes, alterações estruturais da glândula podem ocorrer, formando nódulos ou cistos.
Dúvidas Frequentes
Veja algumas dúvidas que podem te ajudar.
Os nódulos da tireóide são caracterizados por uma alteração estrutural da glândula tireóide, sem necessariamente estar relacionada com alguma disfunção hormonal da mesma, denotando assim, na maioria das vezes, uma evolução silenciosa sem sintomas ou sinais clínicos evidentes. Nódulos de grandes dimensões (bócios nodulares) podem comprimir estruturas próximas, como a traqueia ou o esôfago, gerando sintomas como: incômodo para engolir (disfagia), dificuldade para respirar, principalmente deitado, e a sensação de um “caroço” no pescoço, ou ainda, raramente, rouquidão.
Embora grande parte dos casos sejam assintomáticos, ou seja, sem qualquer sinal ou sintoma, alguns sintomas podem estar presentes, sem que seja dada a devida importância, como: tosse persistente, falta de ar, dificuldade para engolir, rouquidão prolongada ou alteração na voz.
Não. A minoria dos módulos da tireoide é cancer. Para sabermos se um nódulo da tireóide é maligno ou benigno deve-se realizar exames indicados pelo cirurgião para definir o diagnóstico e a gravidade.
O tratamento pode ser feito através de acompanhamento clínico, ablação por radiofrequência, cirurgia ou administração de iodo radioativo, dependendo do tipo de nódulo. O tratamento para os nódulos na tireoide depende do tipo de nódulo diagnosticado. Tumores benignos pequenos, que não produzem hormônios, podem ser apenas monitorados periodicamente.
A punção por agulha fina (PAAF) é um procedimento que visa colher material do nódulo para ser analisado no microscópio pelo patologista e ajudar no diagnostico.
A punção não precisa ser realizada com anestesia geral. O exame consiste em introduzir uma agulha muito fina no nódulo, aspirar parte do seu conteúdo para então encaminhar para o laboratório e realizar o estudo microscópico da amostra. A análise das células do nódulo permite que possamos classificar as alterações em níveis de risco de malignidade, permitindo a tomada de decisão terapêutica baseada na chance de tratar-se de um câncer ou não.